sábado, 24 de setembro de 2011

Aborto

   Hoje o aborto no Brasil tem sido esquecido, apesar de contar com uma legislação, o assunto ainda é muito polêmico e abrange diversas opiniões. Aqui ele é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos, de acordo com a situação. O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se aplica punição ao crime de aborto nas seguintes hipóteses:
  1. Quando não há outro meio para salvar a vida da mãe;
  2. Quando a gravidez resulta de estupro.
   A questão é discutida por diversos motivos, como por exemplo, as clínicas "carniceiras", pois em outros países o aborto é liberado, logo as mulheres brasileiras que querem abortar e tem uma boa condição financeira saem daqui, procuram um bom hospital fora do país e fazem o procedimento com segurança. Já as brasileiras com má condição financeira que queiram abortar têm que procurar métodos precários, colocando em risco a própria vida e muitas vezes levando à morte.
   Em março de 2007 o Instituto de Pesquisas Datafolha ( do jornal Folha de S. Paulo) realizou um estudo estatístico que revelou que 65% dos brasileiros acreditam que a atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada, enquanto 16% disseram que ela deveria ser expandida para permitir a prática em outras situações, 10% que o aborto deveria ser descriminalizado e 5% declararam não terem certeza de sua posição sobre o assunto.
   Uma pesquisa mais específica , realizada pelo instituto Vox Populi para a revista Carta Capital e para a emissora Bandeirantes, revelou que apenas 16% da população brasileira concorda que o aborto deve ser permitido em caso de gravidez indesejada. Por outro lado, 76% concorda que o aborto deve ser permitido em caso de gravidez de risco, e 70% em caso de gravidez resultante de estupro( veja mais).
    A última pesquisa sobre o assunto foi em dezembro de 2010, também realizada pelo instituto Vox Populi, o estudo estatísco revelou aumento da rejeição ao aborto, 82% dos brasileiros acreditam que a atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada, enquanto 14% disseram que deveria ser descriminalizado e 4% declararam não ter certeza de sua posição sobre o assunto.
   Vejo o aborto consequente de várias ações, uma delas como a irresponsabilidade, e ao mesmo tempo acho um absurdo o governo, com a legalização do aborto, gastar muito dinheiro com as mulheres que não se asseguram usando preservativos e depois se arrependem das consequências.Analiso pelo lado das crianças que as vezes, por terem sido indesejadas, não vão receber o carinho que lhes é devido.
   Mas as mulheres quando se decidem pelo aborto, seja por método seguro ou não, vão em busca daquilo que querem e sendo assim é melhor que seja de uma forma que proteja as suas vidas. Além da questão social, se o aborto fosse permitido muitas coisas mudariam, como os gastos para a área afinal precisaríamos de clínicas especializadas e procedimentos específicos para tal.
    Quando é colocada em risco a vida da mãe a coisa muda de figura, ali está em jogo a vida, não só a do bebê como da vida de quem já está no mundo a mais tempo, com família, amigos e etc. A gravidez em consequência de estupro é outra situação delicada, principalmente porque se trata de mães menores de idade, que não tem o seu corpo apropriado para ter filhos. Nessa situação além de todo o trauma da mãe e da gravidez de risco, a criança não teria a presença do pai, além de ser educada com uma imagem horrível do mesmo. Em tal situação concordo que a lei deve ser mais do que liberada, deve-se ter um cuidado psicológico com essas mulheres abusadas.
   Hoje a mulher com todo o acesso a informações, preservativos, anticoncepcionais, liberdade de opinião, expressão, religiosa e social, sabe muito bem das consequências de suas ações, cabe a cada uma saber da sua saúde e do seu corpo, saber que mesmo por métodos seguros o aborto é uma ação perigosa e talvez com resultados negativos e terem noção de tudo que o envolve, cuidando de si mesmas.

Por: Lett

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