domingo, 25 de setembro de 2011

Homossexualidade Feminina…



“Meu interesse por meninas apareceu de forma inusitada. Me apaixonei pela minha melhor amiga. Andávamos juntas para tudo, então o desejo apareceu e acabamos ficando”, conta a estudante Angélica Leal, 23 anos.
Assim como ela, Vanessa Lima, 24, também se envolveu com uma pessoa do mesmo sexo. “Isso já era natural na minha vida, desde pequena tinha interesse pelas professoras”, diverte-se.
Elas são algumas das meninas que optam por esse tipo de relação.
A sexóloga Vera Ribeiro diz que a vontade de ficar com outra mulher acontece de forma natural e da mesma maneira que o sentimento heterossexual. O que ocorre é o aumento da verbalização homossexual, porque a sociedade tem aprendido a respeitar essas relações. “Muitas celebridades têm se assumido, existem muitos relacionamentos femininos e isso serve para educar a sociedade como um todo”, explica.
Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanálise, pelo Programa de Pós-graduação da UERJ, a psicóloga Angélica Tironi, acredita que o maior número de homossexuais femininos se assumirem, acontece pelo discurso adoptado pelos meios de comunicação.
A mídia está tratando de forma menos estereotipada. Ela explica que a quantidade de serviços oferecidos a essas pessoas está aumentando, clubes, agência de turismo, livrarias e canais de TV.
Família
Vanessa Lima vive um problema: ela não contou para os pais sua orientação sexual. Quando jovem, ela foi parar no psicólogo pela paixão que sentia pela cantora Sandy. Para a jovem, os pais não aceitariam sua opção e, com medo dessa atitude, preferiu não contar. “Acho que minha mãe desconfia, mas não ouviu nada de mim”, esclarece.
A situação de Angélica Leal é diferente. “Qual mãe não conhece seu filho?”, indaga-se. Quando resolveu contar teve uma surpresa: ela aceitou a opção e deu apoio, mas o pai não sabe. A decisão de não contar ao pai foi tomada em conjunto. “Meu pai é muito preconceituoso e não pode se emocionar por ter problemas de saúde”, disse.
Independente dos filhos assumirem ou não, explica a sexóloga Vera, os pais devem estar sempre ao lado. “Em vez de se afastar, devem estar próximos para tirarem dúvidas e tranquilizá-los”, e completa: “Não há uma forma correta de assumir a sexualidade. A menina deve sondar as opiniões deles sobre homossexualidade. Caso não entendam, ela deve procurar aos poucos educá-los no sentido de não banalizar nem marginalizar esta condição. Se houver difícil aceitação de um, conte primeiro para o outro, mas dê um tempo para que compreendam. Depois de entenderem e aceitarem, continuarão a amar da mesma forma”, conclui.
Preconceito
Carla, nome fictício, tem 33 anos, é administradora de empresas, e foi casada por dez anos com um homem, até se interessar por uma mulher. Ela não revela sua opção por não aceitar o preconceito da sociedade, e saber que vários pontos podem incomodar os outros, mas acha que se deve saber conviver. “O que decidi foi me resguardar. Não tenho a pretensão de ser aceita em todos os aspectos. Sempre existirão pontos que não agradam, pode ser até um cabelo ou uma simples roupa”, finaliza.
Especialistas contam que uma relação homossexual deve ser assumida quando as partes envolvidas estiverem de acordo e prontas para encarar a sociedade.
Lembrem-se: qualquer forma de amor em que haja satisfação e que seja saudável, é válida.
Hoje é muito normal o caso de homossexualismo entre mulheres que é até bem aceito apesar vivermos num mundo machista.
Apesar da sociedade estar aceitando melhor essa situação, as pessoas que menos apoiam as homossexuais são os próprios pais, fazendo com que essa pessoa não se aceite e tenha muitos problemas psicológicos.


Fonte:


Por: Carol



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